Lá ao fundo está um homem musculado, estático e compenetrado, de braços arqueados pelos músculos (agora mantidos com a ajuda de hormonas de crescimento), um olhar impenetrável e poucas palavras. Rambo continua o mesmo senhor da guerra, mas para o regresso 20 anos depois (o último foi Rambo III) esperava-se mais...
Ao contrário do regresso de Rocky, o quarto filme de Rambo não faz jus à "força" do primeiro filme, bem pelo contrário.
Em Rocky Balboa (de 2006), Stallone parecia menos envelhecido do que em John Rambo, no entanto, cabelos brancos nem vê-los, isto apesar de Rambo viver agora na selva tailandesa como caçador de serpentes.
Na perspectiva da acção pura e dura, John Rambo até cumpre com sangue a rodos, membros desfeitos (algum exagero visual) e um número recorde de mortes na selva birmanesa. Os tiros e minas e respectivas lesões da guerra são cada vez mais credíveis e mais gráficas, o que pode chocar alguns.
Tal como no último Rocky, Stallone assumiu a realização (algo que em Rambo nunca tinha acontecido) e argumento, mas nem por isso a história cresceu em substância.
Guerra na Birmânia
John Rambo retirou-se para a Tailândia do Norte, perto da antiga Birmânia, que agora tem o nome de Myanmar. Vive uma vida solitária e sobrevive caçando serpentes, que vai vendendo.
Quando missionários norte-americanos dos Direitos Humanos lhe pedem para ser o seu guia pelo rio até a Myanmar, Rambo recusa-se «para a segurança dos missionários», mas acaba por aceitar com a insistência da única mulher do grupo, Sara, que está em constante estado de pieguice.
Algumas semanas depois de os deixar, um reverendo norte-americano contrata um grupo de mercenários para salvar a comitiva, entretanto capturada pelas tropas birmanesas - que espalham morte pelas aldeias e cujo principal divertimento é obrigar locais a atravessar campos de minas.
Rambo lá acaba por ceder ao seu instinto violento e liderar a tentativa de salvamento arriscadaIn Destak
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