As violentas manifestações contra os aumentos dos "chapas" que se registam em Maputo foram convocadas por sms na segunda-feira, segundo disseram à Lusa diversas fontes na capital moçambicana.
Os aumentos que hoje entraram em vigor nos transportes públicos informais, conhecidos como "chapas", implicam um forte agravamento, que nos circuitos urbanos passam de 5 meticais para 7,5 e nos periféricos sobem de 7,5 para 10 meticais (1 euro= 35 meticais).
Na segunda-feira, muitas foram as pessoas que receberam sms nos seus telemóveis, apelando ao repúdio dos aumentos dos preços e contendo fortes críticas ao governo da FRELIMO.
"O povo está a sofrer, os filhos de ministros, deputados e outros dignitários não andam de chapa e os chapas estão caros. No dia 5 ninguém deve apanhar chapa, ninguém deve trabalhar. Vamos fazer greve e exigir justiça camaradas, envie para outros, seja unido na luta contra a pobreza", diz uma das mensagens que ainda hoje circulavam em Maputo.
Os bancos e escolas estão fechados e a segurança interna de organizações internacionais, como a ONU, está a apelar aos seus funcionários que se encontram a trabalhar para permanecerem nos escritórios e não tentem sair à rua.
Residentes de Maputo contactados pela Lusa referem diversos actos de vandalismo, como quebra de montras de loja e incêndios de automóveis.
In Expresso
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