domingo, 3 de fevereiro de 2008

Corrida a prédios de luxo

Nas últimas semanas muito se tem falado de crise, principalmente da crise que afecta o sector imobiliário. Contudo, há prédios de luxo que não são afectados por estas dificuldades. Estoril Sol Residence, Convento dos Inglesinhos e Edifício do Campo Pequeno são três luxuosos empreendimentos entre Cascais e Lisboa onde um apartamento pode custar até quatro milhões de euros e que estão praticamente vendidos.

No mais caro dos três edifícios (e do País), o Estoril Sol Residence, a tipologia dos apartamentos, todos com vista para o mar, varia entre os T1 e os T6 e os preços vão de um milhão de euros a mais de quatro milhões de euros. Nas três torres do empreendimento – que começou agora a ser construído no local onde até há escassos meses se erguia o emblemático Hotel Estoril Sol e que só deverá estar concluído em 2011 – estão já vendidos setenta por cento dos apartamentos.

As fracções mais caras são as dos pisos superiores e estão todas vendidas há vários meses. Actualmente estão disponíveis apartamentos com dois ou quatro quartos com preços entre um milhão e 2,5 milhões de euros, dependendo do piso e da localização.

No Edifício do Campo Pequeno só há T5 e T6. Os preços variam entre os 2,12 milhões e os 2,41 milhões. A comercialização ainda não teve início e nem se sabe quando o prédio estará pronto para ser habitado – mas 65 por cento dos apartamentos estão já reservados.

No coração do Bairro Alto, o Convento dos Inglesinhos é o empreendimento que apresenta, comparativamente, os preços mais modestos: entre os 417 mil euros para um T1 e os 1,99 milhões de euros para os T6. A reabilitação do edifício do século XVI foi dividida em duas fases, sendo que a primeira, que vai estar pronta a habitar no final deste ano, está totalmente vendida desde Dezembro de 2005, quando terminou a fase de comercialização. A segunda fase começa agora a ser negociada.

As imobiliárias responsáveis pela venda dos três empreendimentos foram unânimes em afirmar ao Correio da Manhã que “o arrefecimento do sector imobiliário não afecta directamente” a classe que procura este tipo de apartamentos. “Estes empreendimentos não estão ligados a ciclos de mercados, nem sujeitos às flutuações do mercado”, referiu Rafael Ascenso, da Porta da Frente, empresa responsável pela comercialização do Estoril Sol Residence.

Já Graciano Garcia, da Chamartín Imobiliária, que comercializa o Convento dos Inglesinhos e o Edifício do Campo Grande, afirma que embora este segmento escape à crise o facto de existir mais oferta no mercado “faz com que o potencial cliente eleve o seu nível de exigência quando à qualidade e à exclusividade do produto”.

In Correio da Manhã

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