sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Ginásios vão ser investigados devido a taxa de IVA

Os ginásios vão ser investigados a pedido da Secretaria de Estado do Desporto, que quer garantir que não há cartelização no sector, já que a descida do IVA não provocou uma baixa generalizada no preço das mensalidades.

"O Governo tomou a decisão de baixar a taxa do IVA de 21 para 5 % com o intuito de ver baixar o preço pago pelo consumidor e não de ver aumentar os lucros dos ginásios", sublinhou o secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, no final de uma reunião com a associação de ginásios AGAP.

No entanto, "se é verdade que alguns ginásios adequaram os seus preços, a generalidade - os maiores e com mais utentes - não o fizeram", lamentou Laurentino Dias, no dia que marca um mês sobre a entrada em vigor do diploma que veio clarificar a taxa de IVA a aplicar no sector.

"Temos consciência que o mercado dita as suas regras e uma das regras é a fixação livre de preços, que tem a ver com a sã e livre concorrência. Mas algumas práticas que detectámos não correspondem a essas regras", criticou o governante, anunciando que vai alertar as entidades fiscalizadoras para que accionem os meios necessários para verificar o que se está a passar no sector.

Autoridade da Concorrência, Direcção-Geral do Consumidor e Inspecção-Geral das Finanças são os três organismos que deverão entrar em campo para fiscalizar as situações que suscitam dúvidas à Secretaria de Estado do Desporto.

Laurentino Dias quer que se "verifique se está a ser cumprida a lei da concorrência e preços, que deve ter uma fixação livre e não concertada de preços", isto porque "há indícios claros que as soluções adoptadas foram concertadas para resolver um problema".

O secretário de Estado quer ainda que seja fiscalizada a real aplicação da taxa de IVA, para que seja confirmado se está ou não a haver uma "correspondência fiscal ao definido".

"Os serviços devem ainda verificar as relações contratuais entre os ginásios e os consumidores", isto porque, segundo o governante, existem contratos de fidelização com "cláusulas consideradas abusivas" que estão a ser celebrados com os clientes. O tempo de duração dos contratos ou a obrigatoriedade de recorrer a créditos são algumas das situações que deverão ser alvo de investigação por parte da Direcção-Geral do Consumidor.

In Jornal de Noticias

Sem comentários: